Primeiro vem o olhar,
Culminante num ardente beijo,
Arde então o desejo,
De correr as mãos pela pele,
Sentí-la nua, eriçada,
Pelo prazer de ser tocada,
Degustada por uma mente que talvez
Só pense em sexo.
Depois os olhares se fundem
Contemplam um isomorfismo paralelo,
Enquanto os lábios se tocam
E as mãos passeiam.
São dois corpos distintos, buscando uma unificação
No desejo de ser um só.
São duas almas que não são gêmeas
Mas que procuram alguma coisa que as identifique no comum.
São dois corações que pulsam em ritmo acelerado.
São quatro mãos que se agarram em dois corpos
Sem pretensão de se soltarem.
São palavras sussurradas, entremeadas pelos suspiros,
Enquanto que o calor dos corpos aumenta.
Retrato de uma relação nada formal...
Mas quase sexual.