quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Tempo


Passou sem um medo de nada;
E quis se ausentar por um segundo.
A vida nada mais é que uma soma de emoções;
E não imaginou que aquele segundo de ausência
Duraria a eternidade ou o resto de uma vida.

Deixou porém seu nome rascunhado no ego;
De quem o viu ou o deixou passar sem interpelar;
Tão claro que até o espelho vê e diz...
Sem nem poder mentir.

Para alguns foi remédio;
Para outros, sofrimento;
Para outros ainda foi felicidade, alegria.
No entanto, outros quando o viram passar,
Afirmaram que alguma coisa iria acontecer;
Falaram que era seu fim, conjugando-o no plural;
Porque enquanto passava todos o dividiam;
De tal forma que gerou incontáveis filhos.

Mesmo quando se tornou sofrimento, não quis dividir sua dor;
Pois alguns filhos seus estavam felizes e,
Injusto era acabar com tamanha felicidade.

Seu maior erro foi quando quis se ausentar por um segundo,
Porque nesse segundo de ausência...
A criança parou de chorar e os pais se esqueceram que eram pais...
O jovem quis ser diferente, se esquecendo que diferença é algo que só ele mostra enquanto passa
E se afundou no submundo...
O adulto se esqueceu de seus deveres, mas depois quis cobrar seus direitos, como se isso fosse justo...
O idoso parou de reclamar, poruqe se conformou que a vida deveria ser assim mesmo...

Quando porém, retornou de sua ausência;
Acabou com as reticências e;
Ordenou logo um ponto final.
Porque afinal, no final das contas,
Da soma das emoções,
Ele se acaba para todos;
Sem exceção...
O TEMPO.

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